domingo, 28 de agosto de 2011

A morte


14.MAI.99

A morte deve ser o contrário da vida
Nem doce nem amarga
Nem quente nem fria
Nem sim nem não
A morte deve ser branca
Deve ser uma ausência completa de sensações
Ausência de sentidos
Como um desmaio mais demorado
Não deve haver anjos
Nem túneis com luzes
Nem céu nem fogo do inferno
A morte deve ser um suspiro fundo
De alívio
Sem tristeza sem saudade
A morte deve ser um silêncio
Uma paz
Branca
Um sorriso